terça-feira, 27 de novembro de 2012


    Oficina de leitura e produção de texto
    dia 10/11/2012



    O país dos dedos gordos


    Rubem Alves, em “O país dos dedos gordos”, recria lúdica e metaforicamente nossa própria sociedade numa literatura infanto-juvenil que não atrai apenas crianças, mas também jovens e adultos sedentos para ver o mundo sob um novo olhar.
    Em um reino distante e alegre, nasce uma menininha linda, mansa e fofa, envolvida por todo corpo por um círculo mágico e protetor. Apenas o dedo “seu-vizinho”, por inclemência do destino, fica desprotegido e exposto. Esse pequeno descuido é suficiente para causar grandes transformações no reino. A praga de uma bruxa faz com que o dedo engrosse eternamente, virando um dedão grotesco e vermelho.
    O rei e a rainha tentam de todas as formas anularem o feitiço, mas nada surte efeito. Até que um sábio tem a ideia de fazer o dedo dos outros ficarem iguais aos da princesinha, assim ela não seria uma estranha e todos ficariam iguais e felizes. À primeira vista é uma ideia excelente. O rei decide então criar um baile onde só os maiores e mais grossos dedos poderiam entrar.
    Mas o que se sucede é um infortúnio. Os moradores do reino passam a viver em função do dedo “seu-vizinho” e esquecem-se de sorrir, brincar e cantar. As escolas só ensinam a filosofia do dedo gordo e os pais querem engordar a todo custo o dedo dos filhos. Deixam de lado as coisas que davam prazer e se dedicam o ano inteiro para tentar uma vaga no baile. No entanto, muitas vezes o tremendo esforço era em vão. Os jovens não conseguiam entrar na festa e ficavam tristes e inconsoláveis. O reino foi aos poucos perdendo a avidez.
    Em uma obra rica em detalhes e em imagens, Rubem Alves vai além de “uma história sobre dedos” e traz à tona uma realidade vigente. Condicionada a obter um diploma, nossa juventude vive em prol de um ingresso para um “baile mágico” chamado faculdade e acaba por esquecer as verdadeiras alegrias da vida. Num livro aparentemente infantil (aparências enganam!) vivenciamos uma lição que, muitas vezes, só aprendemos tarde demais: o que importa é que cada um seja um eterno aprendiz da alegria.

    Julia Lopes



    Manual de auto-criação

    Manoel Ribeiro, foi professor universitário, político e provavelmente um pai muito bom. Seu filho, João Ubaldo Ribeiro, importante escritor contemporâneo e atual membro da Academia Brasileira de Letras, relembrou essa última característica de sua criação no livro "Dez Bons Conselhos de Meu Pai", uma coletânea de virtudes e modos de usá-las, ou um "lifehack" com sabedorias para crianças. Porém, para as crianças eternas que nos habitam.
    São conselhos básicos, como "Não seja colonizado", "Não seja intolerante", "Não seja indiferente", entre outros, fundamentais por promoverem o tipo de atitude tão relacionada com a nossa criação e arraigada ao subconsciente (freudianismos), que uma sistematização dos tais acaba por delatar-nos para nós mesmos, a partir de uma linguagem acessível ao público infantil, e que em poucas linhas (afinal, trata-se de uma lista) mostra como grande parte do "Mal Estar da Civilização" poderia ser evitada caso deixasse de ser costume, passado de pai para filho.
    A lista de conselhos e os comentários que a permeiam dialogam com ilustrações de Bruna Assis Brasil; os desenhos são interessantes colagens de traços e texturas que remetem em geral ao tema familiar, e apresentam elementos do universo retrô, além de um tom amarelado que lembra fotografias antigas.
    Dez Bons Conselhos de Meu Pai, como ressalta o próprio João Ubaldo no início, é uma proposta de "consciência política", e sendo assim, de metodologia para a formação de seres humanos.

    Clarissa Xavier


    Fábulas de Bia

    Quem não gosta de uma boa fábula? Aquelas que fazem você rir, pensar e recontar para outros as histórias! Pois se você gosta vai adorar essa obra.
    Esse livro conta vinte fábulas:'' O galo e a raposa '', você vai descobrir que contra a esperteza tem esperteza e meia, '' O lobo e o cordeiro '', nem sempre o bem vence o mal,'' A raposa e as uvas '', quem desdenha quer comprar, '' O ladrão e o cão de guarda '', mas vale o pouco garantido a vida inteira do que o muito hoje, '' O burro o leão '', a bondade vence a ignorância, '' O cão e a carne '', quem tudo quer nada tem, '' O leão, a vaca, a cabra e a ovelha'', como os mais fortes não devemos fazer sociedade, entre muitas outras histórias...
    Ruth Rocha nasceu em 1931, na cidade de São Paulo, se dedicou 7 anos da sua vida para escrever na revista '' Recreio'', e só em 1976 publicou seu primeiro livro. Ela atualmente é membro do conselho curador da Fundação Padre Anchieta.
    Gostei muito do livro, porque ele me ensinou mais sobre o mundo e de uma forma divertida, e por esse motivo recomendo a obra a você!

    Beatriz Pontes

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Concurso Mais Resenha!
PRORROGADO o prazo para envio das resenhas:
30-11-2012

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